O Papa voltou, esta sexta-feira, a condenar todos os métodos contraceptivos. Bento XVI diz que os casais que os usam estão a «negar a verdade do amor conjugal». O Vaticano condena a utilização de qualquer método para o controlo da natalidade. A única excepção admitida é a abstinência, mas mesmo neste caso a Igreja Católica advoga que apenas deve ser um recurso para casais que atravessem dificuldades graves.
Dificilmente consigo expressar o que tais declarações me suscitam. Aparentemente eu e ele não vivemos no mundo. Quero acreditar que ambos temos fé. Mas esta beatice é uma irresponsabilidade, para além de desfasada da realidade.
Por estas e outras é que não acredito na palavra de Deus traduzida pela pena do homem. A questão é sempre a mesma, na sua génese os princípios são simples e justos, a adaptação feita é que estraga o retrato, veja-se o caso do Corão. Se todos crentes se limitassem à sua fé no estado mais puro, independentemente das religiões, chegariam à conclusão que não há deuses mais verdadeiros que outros, que não se pode impor qualquer fé a ninguém.
As religiões nada mais são do que regionalismos e abstracções de uma verdade única, frequentemente sonegada: o divino está em nós. E Deus concretiza-se na súmula dessas nossas partes, globalmente. Por isso tirar vidas em nome de uma religião é um contra-senso à priori. É nisto que acredito.
Eu, no meu livre arbítrio, estou hoje um bocado metafísica...
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