2.27.2009

car talk



Este delicioso video chegou-me via e-mail do Gu. Grazie!!

retomando a emissão

(ao menos não peguei virus ao pc)


brrr... venha de lá essa Primavera!

2.16.2009

a brigada dos costumes

Segui com interesse o debate desta noite do Prós & Contras sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não deixam de me surpreender os fantásticos argumentos que o NÂO consegue desencantar. Apenas a título exemplificativo, defender a discriminação positiva dos heterosexuais porque senão seria abrir a porta ao casamento incestuoso e, quiçá, à poligamia. Soberbo. Ah, também tentaram a vitimização da homofobia. Há coisas fantásticas...
Este NÂO representa a fatia da população que põe à frente do livre arbítrio pessoal e responsável, a coscuvilhice e o beatismo. Mais coisa menos coisa os mesmos que votaram NÂO no referendo à IVG e rejeitam agora o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Já aqui falei sobre o assunto mas, no fundo, esta é uma questão em que o nível de tolerância e sentido de justiça da sociedade é testado. E não vejo qual o cataclismo social que poderia advir.

Curiosidades do programa: o SIM teve direito a concluir a emissão. O SIM saiu-se notoriamente melhor. A malta do NÂO conseguiu transmitir argumentos bacocos q.b. A Fernanda Câncio esteve muito bem e sentada na 1ª fila defendeu bravamente a dama que lhe é tão cara (salvo seja).
Há quem estrebuche que a RTP está a soldo deste governo e que isso é particularmente visível no programa em questão. Não sei, portanto, não comento. Mas este correu bem. Só gostava de saber porque não correu antes. As coincidências também são coisas fantásticas...

2.13.2009

5.000 anos de religião em 90 segundos

trivial pursuit

Coisas que não lembram ao diabo a malta ainda se lembrar... Como trautear automaticamente a letra desta música que, seguramente, há mais de 15 anos não ouvia.
E não é que isto continua a ser mesmo bom?

2.06.2009

ainda de roda das louras

Não gosto de injustiças, pelo que aqui fica um spot (este sim, fantástico!) da Carlsberg.
Chegou-me via Peterz. Grazie!

2.04.2009

coisas positivas ainda assim

Pelo meio do debate deprimente do Prós & Contras houve dois momentos dissipadores de tensão, é preciso que se diga, constituídos pelos intervalos para publicidade. Talvez seja de ver pouca televisão, mas assisti em primeira mão (depois em loop) a dois comerciais de concorrentes de um mesmo produto, a dizerem o mesmo de si mesmos.









Ora isto da cerveja é como ser do Benfica ou do Sporting. Há quem seja pela Sagres, há quem seja pela Super Bock. Os que gostam de ser diferentes preferem a verdinha Carlsberg e o seu inesquecível slogan.
Cá por mim, não vou em conversas de marketing.
Sporting alé, prefiro sempre Super Bock, só concedo uma Boémia.
E agora que penso nisso, tenho saudades de uma Guiness e de uma Stella Artois.

não foi para isto que se fez Abril

Segunda era para ter ido ao cinema, mas adormeci e perdi a hora, pelo que sobrou o Prós & Contras sobre o caso "Freeport".
Bad judgment. Worst script. Lousy actors.

Sobre o caso em si, desde que vi a entrevista à Cândida procuradora que já espero toda a espécie de branqueamento relativamente a este assunto. Não tenho a menor dúvida que este será mais um processo para cair em saco roto, apesar de cheirar mal que tresanda, e um eventual envolvimento de Sócrates acaba por ser o menos... Entre o sumário julgamento público e a vitimização do próprio, parece-me que sobra pouco espaço para a verdade dos factos.

Gostava, entretanto, que alguém explicasse a razão pela qual tratamos tão mal o idílico lugar que nos coube habitar. Até quando iremos permitir que o poder político desbarate o nosso património e recursos naturais à ambição e avareza de grupos económicos? Com franqueza, não haveria melhor lugar do que um sapal protegido para plantar um empreendimento como o Freeport? Alguém explica o afastamento dos técnicos que se pronunciaram contra? Alguém justifica cabalmente porque veio a ser viabilizado? Mais do que descobrir exactamente as luvas que foram pagas e a quem, gostava que, por uma vez, houvesse apuramento de responsabilidades políticas.
Sonho meu, sonho meu....

Respostas não obtive, apenas mais umas achegas ao pantanal em que está feito o nosso sistema judicial. Ouvi coisas de tirar a compostura ao mais sereno cidadão. Aposto que o Saldanha Sanches não vai acabar o mês sem um processo por difamação. Sem papas na língua, falou de um processo de desmantelamento com vista à desoperalização da PJ, de que culpou o governo. Sobre a Procuradoria Geral da República diz estar a soldo do mesmo governo. Falou-se ainda na mísera imagem que projectamos para o exterior, um país sem rei nem roque, que não consegue deslindar nenhum caso de polícia mais relevante. Da amálgama entre poder político e judicial, constitucionalmente independentes, na prática, meras interdependências.

O culminar foi a intervenção de um politólogo cujo nome não fixei, mas que apresentou dados arrasadores sobre os níveis de confiança dos cidadãos na Justiça e na Democracia. Se o resto não tivesse bastado, isto arredou-me o soninho até altas horas. Afinal, a maioria de nós já percebeu que vivemos numa cleptocracia mal disfarçada. Diz-se que o povo é sereno, mas o que de mais vermelho existe em mim acha que não foi para isto que se fez Abril.

Porque não há Liberdade sem Justiça!
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