3.28.2009

bom senso

O bispo de Viseu, Ilídio Leandro, defendeu que os portadores do vírus da sida devem usar preservativo durante as relações sexuais, porque são “moralmente obrigados a não transmitir a doença”.O bispo frisou que as pessoas infectadas que não prescindam de ter relações sexuais deverão usar protecção, porque é preciso distinguir a “orientação da Igreja sobre determinados comportamentos a nível teórico” das situações concretas.

Infelizmente não desfaz as declarações moribundas do Papa, que Deus o perdoe.
Mas coloca o assunto nos termos certos e verdadeiramente cristãos.
Bem-haja.

22 comentários:

R disse...

É patológico?


Só se posta quando há declarações de Bispos ou patriarcas católicos?

Curioso. No mínimo. Como se o resto do mundo andasse fugido, o centro do mundo nos olhos da autora é o Catolicismo?


SU, ainda em relação à declaração do Papa, se está informada, sabe que é bastante natural a Poligamia e digamos a "MULTIGAMIA", pedofilia e disparidades de actos sexuais não controlados nos Estados Africanos. Por várias razões. Ausência de Estado, instituições, regras sociais estabelecidas e definidas com firmeza. É bastante comum disseminar o sexo indiscriminado, sem consciência.

As declarações do Papa foram nesse sentido. Só o preservativo não ajuda, há que tomar medidas concretas. É o mesmo que dizer ao Pedófilo que tudo bem, pode ter relações com menores, mas, COM PRESERVATIVO!

Filipe Machado disse...

É incrivel como a religião ainda cega as pessoas... Palavras de bom senso as do bispo de Viseu.

Maria das Mercês disse...

De muito bom-senso! Demonstrativas de que conhece bem a natureza humana, ao invés do Papa, que se sentou numa posição de teimosia e de lá não sai. É o Príncipe da Igreja e está realmente a ter atitudes muito totalitárias. O Islamismo e o Catolicismo são as religiões com mais fiéis no mundo e deviam ter mais consciência da sua (delas) responsabilidade.

Su disse...

Mancha, agradeço que vá aparecendo por aqui, mas acontece que o centro do meu mundo é o meu trabalho. Neste momento sobra-me pouco tempo para outras actividades que aprecio, como seja postar mais no meu blog.

Estas afirmações do bispo creio que sejam muito relevantes. Por isso desencantei um paragráfo num instantinho. Podemos conversar sobre o assunto noutra altura, até porque estou muito curiosa sobre o que você chama de "disparidades de actos sexuais não controlados" (??!!)
É exactamente essa tentativa de controlo, ainda hoje, sobre a vida privada das pessoas que me tira do sério relativamente à igreja católica. A Idade Média já lá vai. Tentar formatar as pessoas e culturas tão diversas como você parcialmente descreveu, simplesmente não funciona, é arcaico e demagógico.

Su disse...

Filipe e Maria, o vaticano diz não se pronunciar sobre as declarações do bispo português. Tenho para mim que ainda vai levar muito na cabeça...

R disse...

Su, como sempre e como manda a tradição, pega no que lhe interessa e faz-se de confusa.
Provavelmente para si, o comunismo correu mal (não fala dos milhões de mortos), fala de Bakunini, Guevara e do idealismo comunista, mas omite as mortes. Ao argumento aplica a mesma novilíngua. Pega no que lhe interessa e interroga.

Por outro lado se não entende; «disparidades de actos sexuais não controlados» no contexto da minha frase completa, é porque não percebe nada do que a rodeia. Porque, para si o acto sexual não deve ser reprimido. Ora, o acto sexual tem tendência a ser reprimido por várias formas que o Estado aplica. Umas por via cultural, outras por via Institucional, Legislativa e com ou sem Estado. O sexo por si só como idealiza não é um free-for all. Com isso posto na cabeça, entenderá que em África existe muita Poligamia, sociedades extremamente patriarcais em que casam meninas com homens e por aí fora. Por via cultural ainda é incipiente, e nas zonas mais afastadas da urbe nem se fala. Já dentro das cidades, devido ao clima (e outras muitas razões) o sexo é indiscriminado! Não ver isto, e não entender isto, acho não só irresponsável, como moralista e super libertinário como manda a doutrina "moderna".

Noutro aspecto manda atoardas atrás de atoardas.

«É exactamente essa tentativa de controlo, ainda hoje, sobre a vida privada das pessoas que me tira do sério relativamente à igreja católica.»

Mais uma vez não sabe do que fala. Portanto eu pergunto-lhe, a Igreja a si obriga a alguma coisa?

Se é Católica, saberá que (teoricamente) o Estado separou-se da Igreja, logo tem assume uma posição de Instituição "privada" mas, de todos. Logo, a Igreja rege e fala aos seus acólitos como quer e bem deseja. A isso é chamada a DOUTRINA. Tanto quanto sei, só ouve quem quer, só ajoelha quem quer. Enquanto estiver afastadinha do Estado, sem regalias ou prerrogativas, por mim até pode proibir o sexo aos seus acólitos, se não é acólita da respectiva, qual é a sua preocupação? Não será isso a verdadeira intromissão?

«ainda hoje, sobre a vida privada »

Se continua com a mesma dúvida, então também não entendeu bem o conceito de vida privada.

Se, o que lhe faz espécie é mesma a Instituição (em si), precisa de ler mais sobre o sentido da religião nas sociedades. Ainda se, fala por falar e confunde tudo, é um problema seu, tal como no presente caso, é um problema dos Católicos que se submetem.


(Olhe dou-lhe um exemplo, para um emprego, faz análises ao sangue não faz? Há um rastreio para ver se consome drogas etc. Acha, isso uma intromissão na vida privada?, desculpe, eu acho que é uma visão muito, mas muito, mas muito, mas muito incipiente e ao desconchavo).


Agradeço, virei sempre que coloque qualquer coisa para eu poder comentar. Ainda que ficou a dever-me um comentário sobre o fósforo branco usado pelos Israelitas, mas como imagino, ficou sem pio. Tudo bem.

Su disse...

Mancha, acredite que não perco o pio facilmente e esse assunto não está esquecido, como outros aliás, que pretendo abordar.
Tentei explicar-lhe da minha falta de tempo, as we speak, que me vai impedir igualmente de aprofundar esta discussão consigo como eu gostaria.

Vamos começar pelo final. Trabalho por conta própria, mas durante quase uma década exerci na privada. Nunca me pediram análises ao sangue, porque na minha profissão tal não faz qualquer sentido, nem para despiste de drogas nem de doenças. Não sou piloto de aviões, nem ando armada, nem trato da saúde de pessoas, pelo que seria uma intromissão à qual me recusaria. O que fazemos fora do horário do expediente não é para as entidades empregadoras, ou estado, ou igreja, meterem o bedelho.

Em segundo lugar nada tenho contra a poligamia. Nem aqui nem Africa. Não tenho nada a ver, literalmente, com tudo o que acontece, consentualmente, entre adultos. Recuso, naturalmente, qualquer ingerência da Igreja ou, pior ainda, do Estado, na minha vida privada. Cada um deve fazer as suas escolhas e lidar com as consequências, as simple as that!
Tem toda a razão, não acredito na repressão do sexo. Aliás, confunde-me que alguém, nos dias de hoje, aceite isso a até o veja como algo benéfico.

Nunca fui comunista. Não é que não seja um ideal apelativo, mas levado à prática acabou sempre por ser contraproducente. As mortes, as perseguições, um comité que tudo vê e ouve, a falta de margem de manobra para cada qual se desenvolver e crescer autonomamente sempre me fizeram muita espécie. Um bocadinho como a religião. Tanto o cristianismo (numa época) como o islamismo (actualmente) são responsáveis por mais injustiças e actos bárbaros que todos os regimes comunistas do mundo juntos. Quando os homens se dedicam a transcrever a palavra de Deus, e a tentar subordinar todos a essa palavra, sai borrada.

Caro Mancha, sou cristã e muito pouco católica, confesso. Tenho graves problemas com a tal doutrina de que fala, que está, na maioria das vezes, completamente desfazada do conceito de amor e perdão que Cristo demonstrou.
Acha mesmo que a Deus interessa muito o sexo que a gente faz?!

R disse...

«O que fazemos fora do horário do expediente não é para as entidades empregadoras, ou estado, ou igreja, meterem o bedelho.»

Lá está o conflito de ideias na sua cabeça SU.
Mas a Igreja impõe alguma coisa a quem não é Católico? Onde viu isso?
O Estado impõe regras?, sim! Impõe!
É o chamado DEVER! É por isso que existem deveres e direitos. Mesma coisa para a liberdade e igualdade. O Estado tem o dever de regular, com limites e contra-pesos. Não é com isenção!


SU, actualmente as empresas efectuam análises sim. E também aí não entendo que imposição seja... São privados. Fazem o que bem entendem e como querem. Coisa diferente de discriminar.

«O que fazemos fora do horário do expediente não é para as entidades empregadoras, ou estado, ou igreja, meterem o bedelho.»

Estamos de acordo SU, mas há limites ou não concorda com isso?
Não acha que é do dever do Estado, punir-me, porque eu nos meus tempos livres ando a matar gente? ou a violar mulheres?
Portanto, entende que há limites à liberdade. Aliás, o conceito de liberdade que apresenta é um misto de Adam Smith (na veia anglo-saxónica) com um pó muito grande de bloquismo "social".

A meu ver a Liberdade é a responsabilização dos actos em si. Respeito as instituições e sou favorável a estas. Não acho que se deva regular a vida, mas a vida necessita de regulamentos. Para mais, porque a vida só se faz no campo social, e ilhas desertas não existem.


Pelo que entendi do seu texto, liberdade para si é fazer o que bem se entende, como se entende e as Instituições (legítimas) não têm poder!

«Em segundo lugar nada tenho contra a poligamia. Nem aqui nem Africa. Não tenho nada a ver, literalmente, com tudo o que acontece, consentualmente, entre adultos.»

Mas SU, não estamos a discutir se acha ou não acha legal. Não é uma questão de legalidade é uma questão de contexto. A Poligamia em África existe sem regras, sem vínculos institucionais.


SU, por fim, não diga leviandades. A Igreja enquanto Instituição pode e deve doutrinar como pretender. Tal como todas as Instituições (dentro do senso comum) privadas mandam na sua casa como pretendem.

Su disse...

Mancha, a minha liberdade vai até ao ponto em que colide com a liberdade de outrém, foi assim que fui ensinada. Por isso é que se eu andar a matar ou a violar vou presa, pk não tenho esse direito. Além disso devem existir regras, de facto, de civismo e urbanidade. O problema é que a hiper exaltação do individualismo não é tenteada com esta noção muito básica de que NÃO POSSO interferir com a liberdade dos outros. Estamos de acordo?

O Estado impõe regras, sim senhor. Até um determinado ponto. Acha que o estado deve interferir na minha sexualidade?! Recuso-me terminantemente!!!

Esta obsessão que você apresenta tantas vezes com as instituições e regulações mexe com a minha noção de liberdade e individualidade. Já sei que vocÊ é contra "relativismos". Eu não. Desde que cada um saiba respeitar o outro haveria muito menor necessidade de regulação.

Relativamente a Adam Smith, discordo à priori da sua visão egocêntrica do indivíduo, naturalmente egoísta, que só por "azar" ou mero acaso poderá fazer coincidir os seus interesses com o bem comum, com a sociedade. Totalmente em desacordo. A meu ver, o indivíduo deve ser educado no sentido do respeito por este bem comum, do seu desenvolvimento. Isto não impede nem trava os propósitos pessoais de cada um, leva sim, ao crescimento sustentável da sociedade. Um exemplo: monto um negócio e quero ter lucro. Devo ter em vista o bem para os meus clientes e funcionários, devo ter interiorizado o conceito de que não devo enriquecer à custa de exploração dos outros.

E para terminar o assunto, é certo que só é católico quem quer, e só segue a doutrina quem bem entende. A questão é que a Igreja Católica abdica muitas vezes da responsabilidade social que tem para com os seus fieis e o mundo em geral, em detrimento da tal doutrina. E isto eu não perdoo. E quando o inverso acontece, dou a mão à palmatória, como é o caso do post em apreço.

Um excelente dia para si, Mancha.

R disse...

«Acha que o estado deve interferir na minha sexualidade?! Recuso-me terminantemente!!!»

O Estado por si, não interfere na "sexualidade". Existem instituições que cerceiam a sexualidade. Refira-se, que a sexualidade não se trata apenas do coito entre homem e mulher. É um mundo. Por vezes o Estado existe para tratar e não cercear, visto que a psicologia actualmente não é feita de tábua rasa. Uma criança depreende as cores, os sentimentos (tentativa/erro) bastante cedo. os conceitos morais são apreendidos sem ser preciso o Estado cunhar o carimbo. Quando falo da sexualidade, naturalmente refiro-me a desvios. Pedofilia, Necrofilia e outros actos que de uma forma geral foram (e são) decretados como crimes. O Estado tem sempre que controlar a "sexualidade". Não digo que lhe diga como deve ter sexo, mas tem de ter uma força, uma forma, um passado que através de muitas formas, seja construtivo (harmonioso) para um todo enquanto sociedade. O Estado também controla a bebida nas estradas, e no entanto não lhe apontam uma arma à cabeça. Ninguém lhe diz a si quanto deve beber. Mas, está provado que se cercear, existem maior responsabilidade a longo prazo.
No caso do sexo é a mesma coisa.

«Desde que cada um saiba respeitar o outro haveria muito menor necessidade de regulação. »

Lá está, parte do "pressuposto" que haveriam. Não existe, existirá. O Estado não lida com "haveriam". A História não lida com "haveriam". O Estado, como eu (admito) é um empírico. Tratamos na terra, não no céu. A ideia que apresenta, que "haveriam" ou existirá é o papel da Igreja. Da fé. O Estado, quer queira quer não somos nós enquanto monstro frio. Pode mudar-lhe o nome, pode adornar-lhe flores, mas o Estado actua como a razão (ou deve de ser assim).
É por isso que existe o chamado, interesse de Estado. Guerra de Estados. Etc, etc,etc,etc.

Su, em questão de educação estamos em sintonia. Subscrevo o que acha da educação. Mas ao contrário de si, eu acho que além da educação devem de existir Instituições que punam com exemplaridade. Sou adepto de uma sociedade disciplinar. Mas repare, estamos a discutir aspectos muitos gerais. Posso dar como exemplo os Estados Unidos da América do pós-guerra, onde a liberdade existiu, os valores construíram.

Quando apresento esta ideia de instituíções, refiro-me à nossa Portugalidade de anarquia branda.

Já nos EUA e noutros países suficientemente maduros democraticamente, defendo pois, um quadro totalmente diferente.


Ufa, desculpe o texto longo, mas não me abstive.

Um bom dia. (Pode postar mais, é sempre agradável. assim que tenha tempo para si)

Basilisco Enfatizado disse...

Parabéns Su , parabéns Mancha.

Tenho seguido caladinho com interesse redobrado o vosso "duelo intelectual", à falta de melhor denominação. Parece-me que para quem ainda não tenha pensado ou para aqueles que queiram pensar mais profunda e sériamente, já nem falo em tomar opções sobre "questões fracturantes!!??",dizia, o papel da Igreja nas Sociedades, poderá construir e cimentar com muito mais solidez, a sua opinião e mesmo opção aqui, através da simples leitura deste blogue ( nem vale a pena falar nos demais), do que vendo 30.000 Prós & Contras ou algo do género. Verdadeiro Serviço Público. Força continuem.

Basilisco Enfatizado disse...

Olhem, nem de propósito. Está a dar neste momento , uma coisa chamada " O Corredor do Poder " ( RTP 1). Que pobreza . Que depressão ....em qualquer iten ou prespectiva de análise. Sinto-me morrer sempre que ouço ou vejo o Dr. Marco António e(ou) o Dr. Marcos Perestrello. Eis uma boa razaão para continuarem .

Filipe Machado disse...

Participa na sondagem "Melhor James Bond com Pierce Brosnan” até ao dia 20 de Abril 2009, em http://additionalcamera.blogspot.com. Só faltam 16 dias!!

Anónimo disse...

só uma pergunta:o bispo é paneleiro?

Anónimo disse...

só uma pergunta:o bispo é paneleiro?

Anónimo disse...

só uma pergunta:o bispo é paneleiro?

Anónimo disse...

só uma pergunta:o bispo é paneleiro?

Anónimo disse...

só uma pergunta:o bispo é paneleiro?

Anónimo disse...

só uma pergunta:o bispo é paneleiro?

Anónimo disse...

só uma pergunta:o bispo é paneleiro?

Anónimo disse...

bispo que não é paneleiro não pode ser bispo.

Anónimo disse...

ninguém respondeu ao passi.

concordo passi.

Bispo que não é paneleiro não pode ser Bispo.

Bispagem e paneleiragem são sinónimos no mundo obscuro bispo-paneleiragem.